terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sobre o luto

É ela o perdeu, não o perdeu dentro dela, mas perdeu o brilho dos olhos quando o olhava, perdeu o gosto do seu beijo, perdeu o calor de seu corpo.
Ele partiu, para sempre, ele se foi, se foi pelas mãos de miseráveis!
Ela chora, de longe, quieta, no meio da noite, ela se abafa e pede por socorro, ela suplica a cura, cura para aquela dor no coração.
Eu a vi, a ouvi, enquanto fumávamos no lado de fora do serviço, sentadas, rindo, e dizendo que a gente precisava parar de fumar, e pedindo mais um cigarro, eu a ouvi dizer o quanto ela o amava, o quanto ele a fazia feliz, e eu o vi, algumas vezes, ele vinha buscar ela, e ele era ela, e ela era ele, os dois um só.
Todos se vão, eu entendo, mas por que se vão? Por que a vida nos fez assim? Meros mortais!
Ela está aqui, e ele está lá, separados pela linha da vida, acredito que ela não esteja muito viva, mais ela ainda vive, ou ao menos respira. Aposto que do lado que ele está ele olha por ela, e lhe dá acalento.
Por que ele a ama, e ela o ama, e o amor é isso.
E sobre tudo penso "a gente aprende muito mais perdendo do que ganhando"

(Andy) para minha amiga Paula!

Obs: Retirado do meu antigo blog. Data: 06/08/2010 

Inocência

Alguém me perguntou:
-Andy, o que você quer ser quando crescer, quando estiver mais velha?
Com toda certeza do mundo respondi:
-Criança!

Quero ter a doce inocência de não conhecer a dor, de achar que o amor é aquele principe num cavalo branco que virá me buscar.
Acreditar que Papai Noel existe, e que se eu colocar meu dente debaixo do travesseiro pela manhã terá uma moeda.
Quero descer a ladeira de skate sem me preocupar se vou cair.
Ver a mamãe trazer leite quente quando eu ainda podia tomar.
Voltar a época que tudo era simples, que ficar em casa não era tedioso.
Passar a tarde num parque e não se preocupar com o trabalho no dia seguinte.
Sangrar e achar que era o fim do mundo.
Quero voltar ao tempo, em que o colega de escola que eu andava sempre, não passava de um garotinho inocente também.
Eu quero ser criança, quero achar que se eu colocar um lençol sobre o pescoço vou poder voar.
Que a mamãe sempre vai estar aqui, e a vida toda vai me colocar para dormir.
Eu quero ser criança, para não saber que o amor nos faz sofrer, que as pessoas um dia vão morrer.

Quando eu crescer, quero ser criança!

(Andy)

Obs: Retirado do meu antigo blog. Data: 07/07/2010 

Sobre nunca esquecer

E claro seria fácil dizer "eu vou esquecer", afinal todo mundo esquece!
Eu esqueci... esqueci de esquecer... e é tão fácil esquecer...
Esquecer que prometi não ligar;
Esquecer que desejei não ver;
Esquecer que disse para não gostar;
Esquecer que fiz de tudo para faltar;
Realmente as pessoas se esquecem. Que nesse mundo onde vivemos o melhor é não amar, a saudade não sentir, e sobre os gostos apenas mentir.
Mas eu me esqueci novamente, esqueci que não era para escrever mais um história, esqueci que não era para desenhar, não idealizar.
E me pergunto "todo esse maldito sofrimento das pessoas, foi só porque elas se esqueceram?"
Pois bem, todo mundo deveria viver a lembrar!
Lembrar que é preciso não machucar;
Lembrar que sonhar é nunca morrer;
Que pensar é sempre existir;

Com tantos poetas por aí, como o mundo ainda é assim.
Filosofia é matéria despreocupante, aquela que você deixa para estudar em último caso, se conseguir entender tudo de matemática e português, depois de ter decorado todo texto de história, e saber todas as capitais dos estados. Depois de se lembrar que é cérebro e não celebro, e ter certeza que aprendeu tudo sobre o sistema vascular.
Logo após de traduzir todo o texto de inglês, e entender todos os verbos irregulares.
Então você se alonga, para ter certeza que não esqueceu as regras do futebol e do vôlei.
E assim cadê a Literatura? A Filosofia? Ahh, você esqueceu!

(Andy)

Obs: Retirado do meu antigo blog. Data: 11/06/2010

O maior preço

Vi seus olhos, e eles me prometiam um mundo feliz, mas colorido e repleto de flores. Mas nem todas as flores eram capazes de superar seu perfume, que de longe me encantava.
Eu fazia as mais belas músicas pensando em você. Você foi pra mim um dos melhores presentes, mas nem todo o presente é como o passado: eu era feliz, mas você que não sabia dessa felicidade.
Uma felicidade que estava estampada em cada gesto, em cada atitude, cada sorriso, Mas meu sorriso pouco a pouco foi se entristecendo.
Me lembro daquele dia triste, que você me disse "eu acho melhor darmos um tempo". Eu te dei tudo... e você me deu um tempo, mas esse tempo parou com minha vida. Vida? Acho que estou morta... de saudades, de trsiteza. Ainda me lembro, da força do seu abraço, o beijo na boca me deixava sem palavras. Palavras que eu escrevia em cartas, desenhos, músicas, e que talvez nunca chegaram ao destino correto, seu coração...
Mas não adianta, mesmo que eu implore você não me dará suas mãos.
Tudo isso é um quebra-cabeça, mas falta a peça final: te esquecer, mas como vou apagar da mente o que está tatuado em meu coração?

(Adaptado)

Obs: Retirado do meu antigo blog. Data: 03/03/2010

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E no meio da noite, eu fecho meu olhos, e peço para que tudo fique bem...


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quem nunca fica

 "É fácil fazer parte de um mundo tão pequeno, onde amigos invisíveis nunca ligam outra vez"

Já se perguntou por que algumas pessoas simplesmente somem? 
Andei prestando atenção nas pessoas ao meu redor, o quanto elas se preocupam em se manter presentes.
As pessoas reclamam que sumimos, mas será mesmo que elas sentem nossa falta? Ou sentem falta de se sentirem importantes e lembrados.
Quanto mais o tempo passa mais me decepciono com pessoas que me fizeram acreditar nelas, que me fizeram crer que estariam em minha vida para sempre. Mas elas pegam um trem sem volta, uma passagem só de ida para longe de mim.
Eu tentei me manter perto de algumas, mas elas não mediram esforços para me mostrar que não precisam que eu esteja por perto, isso dói um pouco, incomoda a falta que algumas pessoas fazem, mas já não me importo, pois nada fiz, me mantive perto, até elas me darem todos os sinais de que precisava ir embora.
E hoje eu olho e poucos restaram, e dos outros? Eu já desistir. 


(Andy)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fuga

O silêncio era parte de si, não era o silêncio, o silêncio era ela.
A vida vazia, o olhar de quem um dia teve olhar, antes de ver tudo partir.
Sua alma sucumbiu ao mal, ninguém sabe o porquê, e o pouco que se sabe já não importa. Nada mais dizem, nada mais existe para se dizer.
O silêncio que a toma, incomodante a quem o houve, mas nada faz, nada diz, como sinal de respeito, como sinal de luto, pelo que se morre a cada dia.
Uns diziam que sempre foi assim, outros arriscavam uma decepção amorosa, e ela? Apenas era, e isso já a bastava, rumores não a deixavam mais forte, nem fraca.
O que se tinha era o silêncio, e quando desafiada, arriscava palavras quase vomitadas, e quem as ouvia quase jurava que ela nunca as tinha dito antes, ela agora era o nada.

A dor de quem ficou


A casa estava vazia, o silêncio tomava conta, era quase possível escutar sua respiração.
Nada restou, apenas ausência, apenas a falta da imagem de quem um dia esteve ali, o lado da cama frio, o lugar na mesa vazio, o telefone que não toca mais, a parte do armário livre, não havia mais briga pela tevê, nem por qual filme assistir, não havia defeitos para incomodar, nem toalha molhada em cima da cama, apenas o vazio.
O choro era eminente, a esperança na volta de quem virou as costas e se foi, sem bilhete de "te ligo mais tarde", apenas com a seca promessa "nunca mais irá me ver", a sombra inerte de quem saiu da sua vida como quem abandona o palco em pleno espataculo, e deixa assim o público carente, o oportuno desfecho de uma história que seria para sempre, e é aqui que se pergunta "quanto tempo é pra sempre?", o verdadeiro sentido de um tempo que não sabemos quanto vai durar.
O que fica é o vazio, a esperança sucumbindo o defunto ainda vivo, enterrado sobre a lama do seu próprio desespero, sendo corroído pelo tempo, apagado aos poucos, com sede de quem partiu e jamais irá voltar. E quando o telefone toca, toca o coração na esperança da voz, para quebrar o silêncio da dor, e quando não é quem tanto esperava, o sonho fraqueja, e a esperança como mordaça quebra, osso... por... osso, a vida de quem já não tem mais vida.

(Andy)

Pra lembrar de você...






Pra lembrar de você eu coloco nossas manias no meu dia-a-dia, nossas palavras, nossos olhares.
Pra lembrar de você eu escuto as musicas que nos afundam em suspiros, e os clipes que nos fazem pensar em como as pessoas são idiotas às vezes.
Pra lembrar de você eu vou usando nossas palavras com as pessoas, para dar um riso sem que entendam, para que pensem que sou louca, e para que dentro de mim eu diga “sou louca por ela”
Pra lembrar de você, eu preciso de pouco, eu preciso prestar atenção em mim, e ver que em mim só existe você.

(Andy)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mother

Você nunca esteve 100% presente, você sempre me deu tudo, ou melhor, de tudo.

Falta uma coisa só...


Atenção!


(Andy)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

 
And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer:
Let it be
 
(The Beatles)