segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ouvir dizer... do passado

Ouvir dizer tantas coisas ao longo das horas, dos dias, dos anos. Tantas coisas foram prometidas, e tantas não foram compridas, eu olho para trás, e poxa, como minha vida mudou, como as pessoas vão embora sem deixar nenhum vestígio, nenhum sinal de "volto logo", elas nem dizem adeus, elas nem avisam que vão desaparecer, elas apenas fazem as malas, e vão, para longe dos olhos, deixando no peito restos de um coração ferido.
Eu mesma fui embora tantas vezes, de tantos lugares, de tantas pessoas, e quantas vezes olhei ao espelho e perguntei "Ninguém te disse que ela não está respirando?".
Quantas pessoas decepcionadas com suas vidas ao meu redor, quanta dificuldade em ultrapassar barreiras.
Eu odeio esse tal de tempo, é odeio mesmo, ele só sabe nos levar para longe de todos, só sabe deixar memórias, tantas que muitas vezes nem queremos lembrar.
E o ser-humano é tão sujo, tão hipotente.
Remédios não vão me trazer a felicidade, dinheiro não vai comprar amor, a guerra não vai trazer a paz, será que ninguém entende? Será que ninguém vê? Estamos nos destruindo pouco a pouco!
Mentiras sempre valem mais que verdades, amigos quase nunca existem, e sempre estamos só, é essa toda a verdade do mundo cheio de pessoas, estamos acompanhados, porém sozinhos o tempo todo.
Tem tantas coisas que eu nem acredito mais, às vezes chego a pensar que não acredito nem em mim, me acho falsa, sem sentimentos, mas outras vezes estou tão completa de tudo, mas hoje sei, tudo na vida passa, e eu sei que também vou passar na vida de todos, um dia vou ser só mais uma histórias a tal da "depois eu te conto", e isso nunca chega, não existe final feliz, o único final é a morte.
Hoje me sinto tão incapaz de tudo, parece que de repente me veio todas as lembranças, de tudo e de todos, e tem tanta gente machucada, e eu estou tão machucada, e tão culpada por coisas que nem fiz, e as pessoas que falam coisas que eu não sei, e que me pedem coisas que eu não posso, talvez um dia eu exploda, ou talvez vá embora, como já fiz tantas outras vezes, quem sabe eu vá viver um pouco de narcisismo, amor próprio não faz mal a ninguém. Tem horas que me sinto tão sufocada, antes de ficar bem com todos eu precisava ficar bem comigo mesma. Quero só um tempinho pra mim, me fazer companhia, colocar as ideias, em ordem, sem ninguém me dizer o que fazer, nem me perguntar o que quero, estou tão cheia de tudo!

(Andy)
Por favor não quero que ninguém me pergunte sobre este post, e isso vale pra todo mundo!

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