quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A dor de quem ficou


A casa estava vazia, o silêncio tomava conta, era quase possível escutar sua respiração.
Nada restou, apenas ausência, apenas a falta da imagem de quem um dia esteve ali, o lado da cama frio, o lugar na mesa vazio, o telefone que não toca mais, a parte do armário livre, não havia mais briga pela tevê, nem por qual filme assistir, não havia defeitos para incomodar, nem toalha molhada em cima da cama, apenas o vazio.
O choro era eminente, a esperança na volta de quem virou as costas e se foi, sem bilhete de "te ligo mais tarde", apenas com a seca promessa "nunca mais irá me ver", a sombra inerte de quem saiu da sua vida como quem abandona o palco em pleno espataculo, e deixa assim o público carente, o oportuno desfecho de uma história que seria para sempre, e é aqui que se pergunta "quanto tempo é pra sempre?", o verdadeiro sentido de um tempo que não sabemos quanto vai durar.
O que fica é o vazio, a esperança sucumbindo o defunto ainda vivo, enterrado sobre a lama do seu próprio desespero, sendo corroído pelo tempo, apagado aos poucos, com sede de quem partiu e jamais irá voltar. E quando o telefone toca, toca o coração na esperança da voz, para quebrar o silêncio da dor, e quando não é quem tanto esperava, o sonho fraqueja, e a esperança como mordaça quebra, osso... por... osso, a vida de quem já não tem mais vida.

(Andy)

Pra lembrar de você...






Pra lembrar de você eu coloco nossas manias no meu dia-a-dia, nossas palavras, nossos olhares.
Pra lembrar de você eu escuto as musicas que nos afundam em suspiros, e os clipes que nos fazem pensar em como as pessoas são idiotas às vezes.
Pra lembrar de você eu vou usando nossas palavras com as pessoas, para dar um riso sem que entendam, para que pensem que sou louca, e para que dentro de mim eu diga “sou louca por ela”
Pra lembrar de você, eu preciso de pouco, eu preciso prestar atenção em mim, e ver que em mim só existe você.

(Andy)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mother

Você nunca esteve 100% presente, você sempre me deu tudo, ou melhor, de tudo.

Falta uma coisa só...


Atenção!


(Andy)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

 
And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer:
Let it be
 
(The Beatles)

terça-feira, 26 de julho de 2011


”É complicado dormir quando a última estrela olha para mim perguntando onde estão as outras. A última é a presença e a falta acontecendo ao mesmo tempo.”

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Muito me ferem estes seus silêncios...
“A palavra é dor, porque dor não se deixa, dor é coisa que se leva. Estar dentro da dor é deixar-se levar para depois da dor, é pular o muro e ver a dor do outro lado, mas dor não se esconde, porque ela aparece.”

(A Festa da Menina Morta)
“De repente a morte começou a me atrair sem nenhum charme, nenhum glamour, apenas com a seca promessa de ser melhor que o resto.”

(Como Esquecer, filme)
Fecho meus olhos, vejo a vida passar, recordações são como fantasmas, e “Você conhece uma coisa mais real do que um fantasma?”

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fotografia







Fotografias...

A foto é o unico modo de congelar o tempo, de pegar algo que ficou no passado e deixa-lo com você, perto, seguro, onde nada vai mudar.
Nossas lembranças são aos poucos perdidas no tempo, poucas coisas ficam.
Fotografias são como máquinas do tempo, nos levando para o passado, nos trazendo saudade (ou não).
O tempo é congelado, o passado sempre visto no presente, é a infancia, o amor, a amizade, tudo ali, tudo preso, sem partir, sem mudar.
Mesmo que o passado não volte, ele pode ser preso no presente, pode ser recordado.
Tudo muda, menos o tempo congelado nas fotos.

(Talvez se chame saudade)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A perda

A perda é dolorosa, não nos deixa saída, não nos deixa conforto.
Quem vai parte para sempre. não existe volta, não exise voz, só o vazio

(Andy)