terça-feira, 21 de junho de 2011

Fly


Vontade de sumir. Abrir os braços e voar, mas nenhum lugar parece longe, e nenhuma montanha parece alta o suficiente.
Em horas que a solidão bate, nada me conforta, quem eu quero perto está longe, e não pode me atender.
Tem vezes que sinto que a dor nunca partiu, que apesar de tudo ainda estou sozinha, mas eu sei que isso logo passa.
O que me deixa assim é o silêncio das palavras, da pessoa que poderia dizer muito, mas nada pode dizer.
Então me entrego as palavras, e vejo que são as únicas coisas que não vão me deixar.
Meus pulmões parecem falhar as vezes, como se o ar que respiram fosse falso, meu coração bate num ritmo desconexo, e faz meu sangue doer nos pulsos.
Queria ser um pássaro, livre, que pudesse fingir uma queda, e nos últimos segundo recuperar o voo.
Tenho medo das cores, tenho medo que elas de repente desapareçam, como um fim de tarde que vai perdendo sua cor, o céu vai deixando de ser azul, e logo se torna escuro, existem estrelas, mas nem sempre elas estão ali, as nuvens de tempestade vem cobrir, assustar.
Me sinto sozinha, mas "estar perto não é físico"

(Andy)

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