quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Uma forma simples de viver, algo que de alguma forma não me deixa escolha, e por assim apenas vivo, vivo com a enorme vontade de partir, mas não posso lhe deixar, não, prometi não lhe deixar sozinha, porém estou, estou sozinha aqui, mas na verdade nem sempre me sinto sozinha, sua ausência me faz companhia, sua falta tomou teu lugar na cama, ela me abraça, e dorme comigo, como um dia você fez. E eu... ainda espero teu retorno, tenho aquecido meu corpo e minha mãos, para que não reclame mais da minha frieza, do meu corpo gelado, das minhas mãos tremulas.
Mas quando penso sobre não lhe deixar sozinha, lembro que já está, sozinha, estamos sozinhas, mesmo estando juntas.
Tua presença é algo que faz falta, o vazio que você deixou à quatro dias me dói, até parecem quatro anos, ou décadas, muitas vezes séculos.
Pensei em desistir inúmeras vezes, em dizer que estou indo viver minha vida, até que parei e confessei que minha vida é você, sendo assim indo para longe estarei me impedindo de viver.
Porque mesmo longe sei que você está lá, em algum lugar, se preocupando se estou lhe esperando, e sim, se quer uma resposta esta é sim, estou lhe esperando.
Por tantas vezes me bate um desespero incondicional, que me abate, e mata mais um pedacinho de mim. Lembra quando eu disse que uma boa parte de mim morreu? Pois bem, a parte que resta está ficando meio cinza, perdendo o avermelhado que existia quando sua presença era tudo que eu tinha.
Estou concentrada, prestando atenção para não doer, mas muitas vezes tenho que parar um pouco para respirar, e é nessa era que a dor entra em mim, como se eu abrisse a porta para um enxame de abelhas, e a dor faz tic tac, tic tac, igual a um relógio, ela vai contando as horas junto ao meu coração.
Por vezes as lágrimas desesperadas tocam o chão, se misturam com a chuva, que eu deixo levar um pouco de minha sanidade.
De todas essas palavras, tudo isso se resumiria em "Eu sinto sua falta"

(Andy)

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