quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Poema Vazio

Tudo o que era deixa de ser.
E tudo o que não era continua não sendo.
E nada mudou.

Olho para os lados e nada me satisfaz.
Tudo me falta sem que nada esteja faltando.

E tudo é dor sem que haja dor.
E tudo é nada havendo nada.

Tudo que é meu não pertence a mim,
Enquanto eu mesma não pertenço a nada nem a ninguém.
O vazio inexorável se estende pelo Universo.

Anestesia... Anestesia


Assim fico, fico... Eu sou o que sempre quer partir,
E fica sempre, fica sempre, fica sempre,
Até à morte fica, mesmo que parta fica, fica, fica...
(Passagem das Horas, Álvaro de Campos)

Mais um Nada

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