quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O tempo nem passa, o relógio não desperta. Estou sem hora, estou sem rumo.
Não existe nada agora que possa me trazer alívio, a não ser o sangue que escorre, mas daqui uns dias até ele me abandonará, daqui uns dias já serão tantos cortes que não terá mais lugar. E já não existe lugar algum, nada me conforta, nada.
Tudo que peço agora é força, eu não quero mais uma vez ser tida como doente, não quero drogas, não quero nada.
Aliás eu sempre quis, sempre quis o nada. Sempre. E cadê esse sempre agora? Eu que nunca tive para não perder, me perdi.
Passaram segundos, mas a dor não parece menos, não parece passar. Mas passa, e isso talvez seja o que me mantém, mesmo que agora eu não esteja em lugar algum, mesmo que agora eu esteja tão perdida.
Destruiram meus muros, e não me protegeram, como se eu nada fosse, nada.
Não existe nós, existe o eu, de quem vai embora e não pensa no outro.
E você não pensou, a sua dor e o seu bem é te tudo que sempre lhe importou, desde o começo, só existiu você, e mais nada.


(Andy)

Nenhum comentário:

Postar um comentário