terça-feira, 11 de outubro de 2011


- Como andas?
- Com as pernas.
- Interessante.
- O quê?
- Teu uso da ironia para esquecer a dor.

Dois amigos, um café. Um pegou a xícara, levou-a aos lábios e tomou-lhe um gole.

- Está fervendo! – disse, afastando-a bruscamente. – Mas está… delicioso.

Ele sorriu com o que escutou.

- Foi exatamente isso que eu pensei quando eu a conheci. Ela fervia, transbordava adjetivos que eu sabia que não podia aguentar, era demais pra mim. Porém ela era tão incrível, tão linda – por dentro e por fora – que eu resolvi arriscar. Esse café está gostoso, então vale a pena se queimar, não é? Ela também. Eu sabia dos riscos de acabar me machucando com ela, de acabar sofrendo, mas ela valia tanto a pena que não me importei.

O primeiro sorriu. Tomou-lhe mais um gole.

- É… doce. Porém amargo. Não consigo me decidir. Quanto mais tempo o líquido percorre minha língua, mais a cafeína muda seu sabor.

- Pois é… - ele soltou um riso sem humor – ela também era. Era doce, irresistível, a perfeição em forma humana. Mas quando meus sentimentos por ela começaram a não ser tão recíprocos… ela era amarga. Ou azeda. Simplesmente era ruim. Ela podia ser uma coisa em um momento, e no outro, algo completamente diferente. E eu sei que mesmo tendo esses dois gostos, você continuará bebendo esse café. Do mesmo jeito que eu continuei amando-a com essa constante mudança.

O primeiro bebeu um último gole, sentiu uma vontade compulsiva de cuspi-la de volta e fez uma careta.

- Está… está… horrível! Não consigo mais beber isso.

Ele se inclinou sobre a mesa, apertou os olhos.

- Está ruim porque o café esfriou completamente – suspirou forte -, e o mesmo aconteceu com os sentimentos dela.

Quando você precisa de tempo...

Hoje eu acordei confusa, comigo, com você, com ela, ela? Ela quem? A vida.
Sabe quando você precisa de tempo? Mas o mundo não deixa, as pessoas não me deixam.
Quanto mais eu preciso de tempo, de distancia, mais as pessoas estão perto, me cobram.
Sabe o que eu mais queria agora? Que você viesse aqui, vem amor, me rouba, me sequestra, nos leva para longe, nos rouba, nos sequestra, só eu, só você, só a gente, nós, vem amor, vem.

(Andy)

‎"Quando fechava os olhos, tudo ao seu redor parecia simplesmente vazio e frio, como se ele estivesse no lugar mais solitário do mundo. No meio de lugar nenhum"

O café já esfriou, os lençóis continuam bagunçados sobre a cama, seu perfume ainda está no meu quarto. Penso em você, principalmente em “nós” todas as noites antes de dormir. Escuto sua musica favorita todas as manhãs. Sinto sua falta, dos seus mimos, dos seus sorrisos tímidos (…) sinto falta de quando eu significava algo para você. 


 (Gilbert)
Quando me perguntam onde você está, digo que está em mim.

(Andy)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar.

Caio F.

Daí então o vazio

Seu olhar distante entregava a quem um dia teve vida, quem um dia não era apenas um nada silencioso.

(Andy)
Todo finzinho de noite uma lágirma escorre e eu sussurro com a esperança de que você ainda possa me escutar "eu ainda te amo..."


(Andy)
Admito que doeu, que me sufocou. Admito que eu não sabia pra onde correr. Admito que me consumiu, que me corroeu, que me despedaçou. Mas também admito me fez olhar pra frente e entender que tudo nessa vida tem uma razão, e que se você se machuca muito, começa a não doer mais tanto.

Caio F.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"As vezes a gente tem que se afastar das pessoas que a gente ama. Mas nem por isso nosso amor por elas é menor"

ADEUS