sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Me falta palavras!

Tenho tentativas frustradas de atrasar o relógio, algumas vezes de parar o tempo, mas sem me congelar.
Eu tento fazer com que os segundos durem horas, mas eles montam um novo minuto, assim como letras montam palavras, e sucessivamente.
Nunca fui capaz de ir no futuro, nem de voltar no passado, mas se pudesse, continuaria no presente.
Pelo presente controlo o que vai ficar no passado e o que vai fazer parte do meu futuro.
Os dias são os mesmos, os meses se repetem, mas os anos, os anos mudam, passam, se arrastam, um por um, calmamente, ou devorando tudo.
Os anos se vão, os dias passam, o relógio bate horas exatas, repetidas duas vezes por dia.
O que fica em nós?
O que resta de nós?
Pessoas desaparecem tão rapidamente, não nos deixam despedidas.
Queria voltar, ou não, queria adiantar, ver o que vou ser lá na frente, se vou ser lá na frente.
Se voltar, apagar algumas mágoas, algumas pessoas, algumas palavras, gestos, erros, rascunhos, lágrimas, risos, tanta coisa, e se for, me certificaria que algumas pessoas estarão lá, me esperando.
Procuro frases, músicas, textos, algo que me arranque inspiração, oh inspiração, cadê tu?
Eu quis parar com o blog, desistir, fechar, eu deixa-lo aqui, simplesmente, com palavras que foram escritas, mas talvez ainda me reste um pouquinho de esperanças, quem sabe minha caixa de inspiração esteja se enchendo e logo vai jorrar palavras, afetos, olhares, encontros.
Eu não sei, na verdade a gente nunca sabe!

(Andy)

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